Long Live Rock and Roll

Long Live Rock and Roll
Certa vez ouvi de um amigo que o Rock estava vivo de novo e então respondi : "Ele nunca morreu."

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Reflexões sem linearidade (ou com linearidade, vai saber) sobre limitações, falta de interesse, paixão, amor pleno, etc...

Já é costume quase que rotineiro de postagens no Facebook com frases do estilo "Quem quer, dá um jeito. Quem não quer, arranja uma desculpa."

Depois de um tempo, você percebe que não é bem assim. Todo mundo tem as suas limitações, digo isso porque há muito tempo atrás já me inseri nesta linha de raciocínio e por causa dela, me afastei de pessoas das quais não queria ter me afastado.

A limitação e a falta de interesse são duas coisas diferentes, de fato. O problema é que as pessoas misturam uma coisa com a outra e geralmente isso acontece muito quando somos mais novos. Até um certo ponto da vida, nosso egocentrismo é colossal e acabamos pensando só em nossos interesses, sem dar o devido espaço para os outros. Muitas vezes isto resulta na criação de expectativas sobre as pessoas, as quais não podemos esperar que sejam satisfeitas, pois cada um de nós devemos buscar por si mesmos aquilo que nos torna devidamente completos ou até nem torna-se necessário, pois já nascemos assim...mas isso leva tempo para nós percebermos.

O que não pode ser tolerado por ambas as partes, é uma falta de interesse mascarada por um falso sentimento de felicidade emocional não mais existente que encontra-se enclausurada pelo medo de magoarmos aquele quem nos ama. Se pelo menos esses sentimentos conseguirem serem expressos de maneira aberta e de um maneira que não magoe de maneira indelicada a outra pessoa, haveria muito menos sofrimento tanto para um quanto para o outro.

Eu não conseguia entender algumas coisas há seis anos atrás e depois de um tempo, vi que eu estava errado no final de um dos relacionamentos mais importantes da minha vida.

Não existem escolhas erradas quando acontece a falta de interesse. A mesma se dá por desgastes e pela falta de compreensão mútua entre os dois pontos. No momento em que você fica mais preocupado em manter o orgulho em estar certo de como o seu relacionamento está indo do que tentar compreender o outro, não há amor. Isso é pura paixão.

A paixão é o resultado de várias idealizações em torno de uma pessoa ou de um objetivo, seja lá o que for e no momento que você reparar que o alvo dela não corresponde 100% a sua idéia utópica, você acaba se desiludindo e tudo degringolará, pois você não se encontra em um estado de plena auto-estima e amor próprio para tolerar os pontos que você julga fraco no outro e tentar insistir que as coisas dêem certo e ficará com a sensação de ter sido enganado por esperar pela plena satisfação a nível emocional. 

A paixão é nada mais do que a conseqüência do egoísmo e de certa forma, a carência está relacionada a ele.

Mas não adianta explicar muita coisa, até porque apesar de toda essa constatação, nós caímos freqüentemente em contradições uma vez que outra na prática. A vida é uma eterna contradição. Só há como entender estas coisas na prática e isso leva um longo tempo. Primeiramente é necessário sentir-se completamente bem consigo mesmo e não dar o braço a torcer por inseguranças que podem surgir através de reflexões sobre futuro ou por conseqüência de exposições midiáticas de parâmetros comportamentais, estéticos ou de idealizações.

Depois de um tempo, vemos que há coisas muito piores do que não sermos correspondidos por alguém que dependendo da pessoa, já fez possivelmente diferença ou que no fundo nunca fará em sua vida.

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